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Como vencer o medo de falar em público

Suor, frio na barriga, noite sem dormir, preocupação com os olhares e avaliação da plateia. Sentir medo de falar em público é muito comum, apesar de todos nós querermos falar em público de maneira destemida. Sonhamos em caminhar com confiança pelo palco, quebrar o gelo com a piada perfeita, cativar o público com histórias convincentes, lidar com as perguntas mais difíceis com facilidade e fechar com aplausos.

Mas a realidade geralmente é bem diferente. Muitas vezes, nossos medos tomam conta e nos imaginamos esquecendo falas ou sendo avaliados pela plateia como pouco capazes. Nosso cérebro facilmente interpreta esses medos como um aviso de que algo vai dar errado – um sinal de que não fomos feitos para estar no palco e ponto. Tem até nome para esse medo: glossofobia ou fobia social. Sobre isso temos uma boa e uma má notícia: a boa é que há recursos e técnicas que todos podem aprender para falar em público. A má notícia é que não é possível vencer o medo, ele sempre vai existir. A questão no momento da apresentação é como utiliza-lo a nosso favor.

Abaixo separamos quatro ações que você pode fazer para superar esse desafio:

Prepare-se. Treine, treine, treine. Parece óbvio, mas o primeiro passo para acalmar seus medos está em se preparar. Isso significa conhecer o material tão bem que você não precisa pensar nele. Além disso, se você vai dar uma palestra sobre um assunto, certamente entende dele, então, certifique-se de ter um bom conteúdo. A preparação também significa garantir que toda a logística seja definida com bastante antecedência. O ideal é você estar relaxado e focado, sem se esforçar em fazer o áudio funcionar. Os checklists são úteis para garantir que todos os detalhes sejam abordados. Se possível, faça um teste de todo o equipamento audiovisual antes de iniciar. Revise e pratique sua apresentação pelo menos 3 vezes (alguns grandes oradores famosos praticavam mais de 10 vezes!!).

Coloque a oratória na sua rotina. Fazemos apresentações o tempo todo, mesmo sem perceber. Pode ser numa conversa num almoço de família, numa reunião da empresa, numa negociação. Incluir a oratória conscientemente em seu dia a dia ajuda a desmistificar o assunto e contribui para encarar o desafio de uma plateia de maneira mais tranquila. Pratique com a família, colegas de trabalho, seu chefe ou até mesmo namorado (a). Num curso de oratória você vai aprender a identificar claramente a estrutura de boas apresentações e como utiliza-las em qualquer ocasião.

Controle a respiração. A razão pela qual sentimos medo de falar em público tem a ver com a parte mais primitiva de nosso cérebro. Ele nos programa para fugir ou lutar quando nos sentimos ameaçados. Por isso, libera a adrenalina, hormônio que faz com que os músculos fiquem tensos, a boca seca, os batimentos cardíacos elevados. Tudo que um bom orador não deveria sentir! Estamos com o corpo preparado para a fuga, mas temos que ficar imóveis e parados para a oratória, o que provoca os tremores e amplia a angústia.

A respiração é um dos melhores aliados nessa hora, uma vez que colocamos nosso corpo para atuar no ritmo que queremos. Faça exercícios antes de iniciar e preste atenção ao ritmo de sua respiração durante a apresentação. Beba água, faça pausas.

Uma boa largada é fundamental. Prepare o inicio. Prepare uma boa estratégia para iniciar sua apresentação. Nos primeiros minutos você tem total credibilidade da plateia e ao receber as primeiras reações positivas, seu cérebro vai se desarmar. Você pode fazer algumas perguntas para quebrar o gelo, contar um fato ou história, trazer um provérbio sobre o tema ou trazer um conceito que desperte a atenção da sua plateia. Isso é o que chamamos na GoAhead de “Técnica Hitchcock”: um corpo que cai logo no início. Invista um tempo se preparando para o início e ganhe confiança.

Desafie suas preocupações. Reveja antecipadamente os cenários mais difíceis, para não ter surpresas na hora do show. Faça um levantamento das perguntas e dos possíveis erros que pode cometer e pratique como supera-los. Pode fazer a prática sozinho, na frente do espelho ou apresentando para as paredes, ou para colegas. Essa prática ajuda a revisar seu material, como lidar com perguntas difíceis, como reagir a um público indiferente.

Postura corporal. Sua postura e tom de voz dizem muito sobre você, o interessante é não apenas para os outros, mas para você mesmo. Amy Cuddy apresenta em sem famoso TED Talk os efeitos da postura corporal na oratória (assista aqui e confira como utilizar seu corpo a seu favor).

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